A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO DA NACIONALIDADE NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS: UMA ABORDAGEM NO CONTEXTO GERAL DE EVOLUÇÃO DO ESTADO NACIONAL

Autores

  • Alexandre Walmott Borges UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
  • Fabiana Angélica Pinheiro Câmara Universidade de Barcelona

Resumo

O artigo tem como objeto de problematização a natureza e o modelo de normas de nacionalidade nas constituições brasileira. A pesquisa foi realizada com base na contextualização teórica da evolução do estado nacional, e num segundo momento, com os dois modelos de ideologia de nacionalidade. A hipótese do trabalho é a de que as teorias explicativas da evolução do estado nacional, e das ideologias de nacionalidade, são capazes e explicar as variações na história do constitucionalismo nacional. Os materiais usados na pesquisa foram as referências teóricas extraídas da bibliografia e, após, a consulta aos documentos normativos. Os resultados esperados eram os de variações na evolução do estado nacional brasileiro, e de utilização dos dois modelos de ideologia, a depender da constituição. As conclusões indicam algumas diferenças de evolução no estado nacional brasileiro e 3 situações de absorção das ideologias de nacionalidade.

Biografia do Autor

Alexandre Walmott Borges, UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Professor da UFU. Programas de pós-graduação em Direito e biocombustíveis. Professor visitante do mestrado em Direito da UNESP. Doutor em Direito e em História. Realizou estágios pós-doutorais na Universidade Autônoma de Barcelona e Universidade de Barcelona. Pesquisador líder do Laboratório Americano de Estudos Constitucionais Comparados – LAECC

Fabiana Angélica Pinheiro Câmara, Universidade de Barcelona

Doutoranda em História. Pesquisadora do Laboratório Americano de Estudos Constitucionais Comparados – LAECC. Pesquisadora Universidade de Barcelona – UB. Mestra em Comércio Internacional, Universidade de Reading, Reino Unido

Referências

ANDERSON, T. Comunidades imaginadas. São Paulo: Cia das letras, 1991.

BEDE, S. The Eccesiastical History of the English Nation (and Lives of Saints and Bishops). 2011 - versão ebook. ed. Londres: J. M. Dent, 1916.

BOBBITT, P. A guerra e a paz na história moderna. O impacto dos grandes conflitos e da política na formação das nações. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

BRASIL. Constituição de 1824. Planalto legislação, 1824. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm>. Acesso em: 21 mai. 2017.

BRASIL. Constituição de 1891. Planalto legislação, 1891. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Acesso em: 21 mai. 2017.

BRASIL. Decreto nº 19.482, de 12 de Dezembro de 1930. Câmara dos Deputados, 1930. Disponivel em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19482-12-dezembro-1930-503018-republicacao-82423-pe.html>. Acesso em: 19 mai. 2017.

BRASIL. Constituição de 1934. Planalto legislação, 1934. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>. Acesso em: 18 mai. 2017.

BRASIL. Constituição de 1937. Planalto legislação, 1937. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm>. Acesso em: 20 mai. 2017.

BRASIL. Lei n° 13.445. Planalto - legislação, 2017. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13445.htm>. Acesso em: 18 jun. 2018.

CASTORIADIS, C. Figuras do pensável - as encruzilhadas do labirinto. São Paulo: Paz e terra, v. 4, 2002.

COULANGES, F. D. A cidade antiga. São Paulo : Hemus, 1975.

DICKINSON, J.; LEE, R. H. Empire and Nation: Letters from a Farmer in Pennsylvania; Letters from the Federal Farme. Indianapolis: Liberty Fund, 1962.

DUNGACIU, D. East and West and the mirror of nature. Nationalism in West and East Europe.EssentialyDifferent? IWM - A decadeoftransformation. Viena: IWM. 1999.

FIORI, J. L. Estados, moedas e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1999.

GELLNER, E. Nacionalismo e democracia. Brasília: Unb, 1981.

HOBSBAWN, E. Nações e nacionalismo desde 1780. São Paulo: Paz e terra, 1990.

KOHN, H. The idea of nationalism. Nova Iorque: Macmillan, 1946.

MILLOT, J. Les hommes sont-ils égaux? L’égalitédespeuples. E n c y c l o p é d i e d e l ’ h o n n ê t e h o m m e, 1939. Disponivel em: <http://www.reseau-regain.net/EgalitePDF_file/EgalitePDF_files/2Au54aCZEgalitePeuples.pdf>. Acesso em: 11 mai. 2017.

SAND, S. A invenção do povo judeu. São Paulo: Benivrá, 2011.

SODRÉ, N. W. Quem é o povo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962.

ZAGREBELSKY, G. El derecho dúctil. 8. ed. ed. Madri: Trotta, 2008.

Downloads

Publicado

2019-12-03

Como Citar

Borges, A. W., & Câmara, F. A. P. (2019). A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO DA NACIONALIDADE NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS: UMA ABORDAGEM NO CONTEXTO GERAL DE EVOLUÇÃO DO ESTADO NACIONAL. Revista Reflexão E Crítica Do Direito, 7(1), 210–236. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/rcd/article/view/1322