Direitos relativos à cidadania e a crise da teoria das gerações dos direitos nos tratados e convenções internacionais
Resumo
Trata-se de uma crítica a teoria das Gerações dos Direitos instabilizada no plano da proteção dos Tratados e Convenções Internacionais que ao contrário da concepção geracional não começou pelos direitos civis, políticos relativos à cidadania. Ocorre que no âmbito internacional a teoria das gerações que abarca os direitos políticos sucumbe quando vislumbrada do ponto de vista dos Tratados e Convenções Internacionais, haja vista que sob o ponto de vista internacional as primeiras proteções de direitos começaram com as Convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho) de 1919. O presente trabalho estende a corrente crítica à concepção geracional para os chamados direitos políticos, de modo a provocar revisões e novos estudos que apontem fases no surgimento e desenvolvimento da cidadania que considerem o plano internacional.Assim, reconhecimento a necessidade de estudos que aprofundem novos contornos na noção de cidadania à luz de correntes inclusivas do indivíduo como de sujeito de direito internacional e com participação política nos organismos internacionais.
Referências
ACCIOLY, Hildebrando. Manual de direito internacional público. Atualização de Geraldo Eulálio do Nascimento e Silva e Paulo Borba Casella. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
______.Manual de direito internacional público.Atualização de Geraldo Eulálio do Nascimento e Silva e Paulo Borba Casella. 19.ed.São Paulo: Saraiva, 2011.
ALEXY, R. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução Luíz Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008.
BOBBIO, N. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
BONAVIDES, P. Curso de direito constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.
CANÇADO TRINDADE, A. A. A interação entre direito internacionale o ireitointerno na proteção dos direitos humanos. Arquivos do Ministério da Justiça, ano 46, n. 12, jul/dez. 1993.
______.Tratado de direito internacional dos direitos humanos. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2003.
FAVOREU, L.; RUBIO LLORENTE, F. El bloque de la constitucionalidade: simposium franco-español de derecho constitucional. Madrid ; Servilla: Civitas; Universidad de Servilla, 1991, 203 p.
GÓMES ROBLEDO, A. Fundadores delderecho internacional, México: UNAM, 1989.
LENZA, P. Direito constitucional esquematizado, 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
MAZZUOLLI, V. O. Curso de direito internacional público. 7. ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2013.
MELLO, C. D. A. O §2o do art. 5º da Constituição Federal. In TORRES, R. L. (Org.). Teoria dos direitos fundamentais. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. p. 25.
MORAES, A. Direito constitucional. 19. ed. São Paulo: Atlas,2006.
NOVELINO, M. Manual de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Método, 2013.
______. Direito constitucional. 6. ed. São Paulo: Método. 2012.
PIOVESAN, F. A Constituição Brasileira de 1988 e os tratados internacionais de proteção aos direitos humanos. In: Temas de direitos humanos. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 2003. p. 44-56.
______. Direitos humanos e direito constitucional internacional. São Paulo: Saraiva, 2007.
______. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 5. ed. São Paulo: Max Limonad; 2002.
RAMOS, A. C. Teoria geral dos direitos humanos na ordem internacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
REZEK, J. F. Direito internacional público: curso elementar. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SCHÄFER, J. Classificação dos direitos fundamentais: do sistema geracional ao sistema unitário: uma proposta de compreensão. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
SILVA, J. A. Curso de direito constitucional positivo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
WEIS, C. Direitos humanos contemporâneo. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter artigos à Revista Paradigma o autor já autoriza sua publicação em caso de aprovação após o devido processo de avaliação, ciente da política de acesso livre do periódico.
O autor declara ciência de que serão publicadas todas as informações consignadas na submissão, incluindo nome, afiliação, titulação e endereço eletrônico.