ATIVISMO JUDICIAL E JUDICIALIZAÇÃO DA VIDA: UMA BREVE ANÁLISE DA REALIDADE BRASILEIRA

Autores

  • Rodrigo Guilherme Tomaz UNAERP
  • Ricardo dos Reis Silveira UNAERP

Resumo

Nota-se na última década uma mudança considerável no Poder Judiciário, mudança esta que vem evoluindo e se modificando desde o fim da segunda guerra mundial. Tais mudanças ensejaram, primordialmente, em reflexões de problemas que envolvem o chamado ativismo judicial e a judicialização da vida. Eventos geralmente tratados como sinônimos por vários autores, mas que nesse breve estudo pretende-se discutir a diferenciação, apontando alguns pontos importantes da atuação ativista do judiciário – em geral – e da chamada explosão de litigiosidade, a qual comina, principalmente, na judicialização da vida. O presente artigo baseia-se principalmente em estudo bibliográfico e análise de julgados do poder judiciário.

Biografia do Autor

Rodrigo Guilherme Tomaz, UNAERP

Possui graduação em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia de Passos (1992), graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Franca (1997), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (2000), doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005), pós-doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É docente titular a-m da Associação de Ensino de Ribeirão Preto, docente do Centro Universitário Barão de Mauá e docente do Centro Educacional Hyarte - ML Ltda. Tem experiência na área de Direito, Sociologia, Filosofia e Ciência Política, com ênfase em Direito Civil, Direito Processual Civil, Direitos Coletivos, Sociologia Clássica e contemporânea, Sociologia do Direito, Filosofia Geral e do Direito e Teoria do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: Direitos coletivos e cidadania, direitos coletivos e políticas públicas, Estado e globalização, Estado e sociedade civil, Direito e Sociedade, teoria do direito, teoria política e religião. É líder do grupo de pesquisa Direitos Coletivos, Políticas Públicas e Cidadania que se reúne regularmente na Universidade de Ribeirão Preto para debater os diversos temas relacionados à temática do grupo e do grupo de Pesquisa Direito, Estado e Sociedade. Sua pesquisa atual concentra-se no estudo dos direitos coletivos e na relação entre a tutela coletiva e as políticas públicas, enfocando o diálogo entre o jurídico e o político, a juridicização da política e a polítização da justiça, nas ações coletivas como instrumento de controle das políticas públicas, e nas ações coletivas e políticas públicas como instrumentos de efetivação da cidadania.

Referências

BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. Revista Eletrônica do Conselho Federal da OAB. Disponível em: <http://www.oab.org.br/editora/revista/users/revista/1235066670174218181901.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2014.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. “Barrocosos” e interconstitucionalidade. 2. ed. Coimbra: Almedina, 2008.

____________.Constituição dirigente e vinculação do legislador. 2. ed. Coimbra Editora. 2001.

____________.Direito Constitucional. Coimbra: Almedina, 1998.

FARIA, Jose Eduardo. As novas formas e funções do direito: nove tendências. In: ____________. Sociologia Jurídica: direito e conjuntura. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

HIRSHL, Ran. The judicialization of politics. In: Whittington, Kelemen e Caldeira (eds.), The Oxford Handbook of Law and Politics, 2008.

MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

RAMOS, Elival da Silva. Ativismo judicial: parâmetros dogmáticos. São Paulo: Saraiva, 2010.

SANTOS, Boaventura de Sousa; MARQUES, Maria Manuel Leitão; PEDROSO João. Os tribunais nas sociedades contemporâneas. Coimbra: Centro de Estudos Sociais – CES, 1995.

SILVIA, Cecília de Almeida. ET AL. Diálogos institucionais e ativismo. Curitiba: Jaruá, 2010.

STRECK, Lenio Luiz. Verdade e consenso: constituição, hermenêutica e teorias discursivas. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

TASSINARI, Clarissa. Atividade judicial: uma análise da atuação do judiciário nas experiências brasileiras e norte-americana [dissertação]. São Leopoldo/RS; Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, 2012.

____________; OLIVEIRA, Rafael Tomaz de. Judicialização da política e ativismo judicial: notas para uma necessária diferenciação. No prelo 2015.

VERISSIMO, Marcus Paulo. A Constituição de 1998, vinte anos depois: suprema corte e ativismo judicial “à brasileira”. Revista Direito GV, São Paulo, 4 (2), p. 407-440, jul./dez. 2008.

Downloads

Publicado

2017-06-20

Como Citar

Tomaz, R. G., & Silveira, R. dos R. (2017). ATIVISMO JUDICIAL E JUDICIALIZAÇÃO DA VIDA: UMA BREVE ANÁLISE DA REALIDADE BRASILEIRA. Revista Reflexão E Crítica Do Direito, 3(1). Recuperado de https://revistas.unaerp.br/rcd/article/view/877