INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA E O PARADOXO DOS DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS
Abstract
A dependência química possui implicações tanto na esfera individual quanto na coletividade. As escolhas feitas pelo toxicômano atingem a família, a sociedade e até mesmo o Estado. Neste contexto, a internação compulsória é instrumento para resguardar a segurança individual do dependente químico e da própria sociedade. Há aqueles que defendem a existência de um paradoxo entre os direitos e deveres fundamentais frente à internação compulsória do dependente químico, de um lado os direitos individuais do toxicômano e de outro os da sociedade. No entanto, é preciso ter em mente que todo direito fundamental possui duas facetas, sendo assim para todo direito existe um dever. Neste norte, é possível dizer que a internação compulsória representa a realização dos direitos fundamentais do dependente químico e também da sociedade.
References
ALEXY, Robert. La institucionalización de la justicia. Granada: Comares, 2010.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco/Aristóteles; Tradução do grego de Antônio de Castro Caeiro. São Paulo: Atlas, 2009.
BAUMAN, Zygmunt. Ética pós-moderna / Zygmunt Bauman ; tradução João Rezende Costa . - São Paulo : Paulus, 1997.
______.Medo líquido/Zygmunt Bauman; tradução, Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BERGEL, Jean-Louis. Teoria geral do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BINENOJM, Gustavo. Uma teoria do Direito administrativo. Rio de Janeiro, Renovar, 2008.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Ética Sanitária. In: ___ Alexandre Bernardino Costa ... [et l.] (organizadores). O Direito achado na rua : Introdução crítica ao direito à saúde. Brasília: CEAD/UnB, 2009.
DALLARI, Sueli Gandolfi. O conteúdo do direito à saúde. O Direito achado na rua : Introdução crítica ao direito à saúde. / Alexandre Bernardino Costa ... [et al.](organizadores) – Brasília: CEAD/UnB, 2009.
DIAS. Hélio Pereira. Direito Sanitário. 2003. Disponível em < http://www.anvisa.gov.br/divulga/artigos/artigo_direito_sanitario.pdf> Acesso em: 16 fev. 2014.
FERRAJOLI, Luigi – Por uma teoria dos direitos e dos bens fundamentais – Luidi Ferrajoli; trad. Alexandre Salim, Alfredo Copetti Neto, Daniela Cadermatori, Hermez Zaneti Júnior, Sérgio Cadematori – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011.
FOUCAULT, Michel. História da loucura na idade clássica. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
LIPOVETSKY, Gilles. El crepúsculo del deber la ética indolora de los nuevos tempos democráticos/Lipovetsky, Gilles. Traducción, Juana Bignozzi. Barcelona: Anagrama, 1994.
LORENZETTI, Ricardo Luis. Teoria da decisão judicial: fundamentos do direito. São Paulo: RT, 2009
MARTINS, Fernando Rodrigues. Controle do patrimônio público. 5 ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
MORIN, Edgar. O Método: Ética. Tradução de Juremir Machado da Silva. Sulina. 2007.
NABAIS, José Casalta. A face oculta dos direitos fundamentais: os deveres e os custos dos direitos. Disponível em < http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/15184-15185-1-PB.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2014.
NOVAIS, Jorge Reis. Direitos Fundamentais Trunfos contra a maioria. Coimbra, 2006.
SARLET, Ingo Wolfgang. Curso de direito constitucional/Ingo Wolfgang Sarlet, Luiz Guilherme Marinoni, Daniel Mitidiero. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
SARMENTO, Daniel. Direitos Fundamentais e Relações Privadas. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen, Juris 2010.
TOURAINE, Alain. Qué es la democracia? México: FCE, 2001.
WOLKMER, Antônio Carlos. Ideologia, Estado e Direito. São Paulo: RT, 2003.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A submissão de artigos à REVISTA REFLEXÃO E CRÍTICA DO DIREITO está vinculada à licença da Creative Commons CC BY-NC 4.0 internacional. Através desta licença, o autor mantém seus direitos autorais, mas permite, para fins não comerciais, que as pessoas possam copiar e distribuir o seu trabalho, reservando os respectivos créditos, nas condições especificadas.