A CONCEPÇÃO DE SOFRIMENTO E O DIREITO COMO MECANISMO DE PROTEÇÃO DO TRABALHADOR
Resumo
Resumo: A presente pesquisa é orientada pelo objetivo de analisar os mecanismos jurídicos para a proteção de trabalhadores contra situações que causam sofrimento dentro da organização do trabalho, para que seja respeitada a dignidade da pessoa humana. Na colisão de princípios, o presente artigo possui caráter metodológico e outro técnico-normativo, sendo que um princípio limita o cumprimento de outro (claro que dependendo da importância de cada um deles), devendo ser analisada a circunstância do caso em concreto para se chegar ao final do litígio. A análise, portanto, é qualitativa, utilizando-se o método hermenêutico-dialético, com fontes bibliográficas. A contribuição é original e inédita, concluindo-se que se deve analisar o meio ambiente e as condições de prestação de serviços, para se tentar a redução de riscos, assegurando-se as integridades psíquica e física dos trabalhadores, para que consigam preparar a sua história de vida profissional, com respeito à liberdade, à dignidade, à igualdade de oportunidades e à segurança econômica.
Palavras-chave: Sofrimento. Direito. Proteção do trabalhador.
Referências
ALEXY, R. Constitucionalismo Discursivo. Trad. Luís Afonso Heck. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
_____. Teoría de los Derechos Fundamentales. Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2002.
ALKIMIN, M. A. Violência na relação de trabalho e a proteção à personalidade do trabalhador. Curitiba: Juruá, 2008.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
ARAÚJO, A. R. A organização do trabalho como fator de adoecimento . In: MACÊDO, K. B.; LIMA J.G.; FLEURY, A. R. D.; CARNEIRO, C. M. S. (Org.). In: Organização do trabalho e adoecimento: uma visão interdisciplinar. Goiânia: Ed. da Puc, 2016. p. 131-145. Disponível em: <https://site.medicina.ufmg.br/osat/wp-content/uploads/sites/72/2017/06/Livro-organiza%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-e-adoecimento-mpt21-06-2017.pdf>. Acesso em 20 mai. 2016.
BALERA, W. O Valor Social do Trabalho. In: Revista LTr, n. 10, p. 1.167-1.178, out. 1994.
DEJOURS, C. A banalização da injustiça social. Trad. Luiz Alberto Monjardim. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2000.
_____. A carga psíquica do trabalho. In: DEJOURS, Christophe; ABDOUCHELI, Elisabeth; JAYET, Christian. Psicodinâmica do Trabalho: contribuições da escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. Trad. e Coord. Maria Irene Stocco Betiol. São Paulo: Atlas, 1994a.
_____. A loucura do trabalho: estudo da psicopatologia do trabalho. Trad. Ana Isabel Paraguay e Letícia Leal Ferreira. 3. ed. ampl. São Paulo: Cortez, 1992.
_____. O fator humano. Trad. Maria Irene Stocco Betiol e Maria José Tonelli. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.
_____. Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações. In: CHANLAT, Jean-François (Coord.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. Org. ed. brasileira Ofélia de Lanna Sette Tôrres. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
DELGADO, M. G. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr, 2011.
FORRESTER, V. O horror econômico. Trad. Álvaro Lorencini. 4. reimp. São Paulo: UNESP, 1997.
LUKÁCS, G. Ontologia do ser social: os princípios ontológicos fundamentais de Marx. Trad. de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Livraria Ciências Humanas, 1979.
MARQUES, R. S. Valor social do trabalho, na ordem econômica, na Constituição Brasileira de 1988. São Paulo: LTr, 2007.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. Trad. Rubens Enderle Nélio Schneider Luciano Cavini Martorano. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1987.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004.
_____. O capital: crítica da economia política. Trad. Rubens Enderle. Livro I. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
MORIN, E. Os sentidos do trabalho. In: WOOD JUNIOR, T. (Ed.). Gestão empresarial: o fator humano. São Paulo: Atlas, 2002.
PIOVESAN, F. Direitos Humano: o princípio da dignidade da pessoa humana e a Constituição de 1988. In: Revista do Instituto – (Neo) Constitucionalismo, Instituto de Hermenêutica Jurídica, Porto Alegre, p. 79, 2004.
_____. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 4. ed. São Paulo: Max Limonad, 2000.
RIBEIRO. H. P. O juiz sem a toga: um estudo da percepção dos juízes sobre trabalho, saúde e democracia no judiciário. Florianópolis: Lagoa, 2005.
SARLET, I. W. A eficácia dos Direitos Fundamentais. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
______. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
SUPIOT, A. L’esprit de Philadelphie. La justice sociale face au marché total. Paris: Editions de Seuil, p. 21-24, 2010. Disponível em: <https://journals.openedition.org/chrhc/2326>. Acesso em 15 mai. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter artigos à Revista Paradigma o autor já autoriza sua publicação em caso de aprovação após o devido processo de avaliação, ciente da política de acesso livre do periódico.
O autor declara ciência de que serão publicadas todas as informações consignadas na submissão, incluindo nome, afiliação, titulação e endereço eletrônico.