ROMA E A IDEIA DE JUSTIÇA

Autores

  • Bruno Amaro Lacerda UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Resumo

Este artigo discute duas definições romanas de justiça, a primeira contida no Digesto e atribuída a Ulpiano, e a segunda presente na obra De inventione de Cícero. O objetivo é compreender, a partir das duas fórmulas analisadas, o sentido da virtude da justiça na experiência jurídica romana, sobretudo em sua conexão com a ideia de “direito”. Ao final do texto, os resultados encontrados são postos em contraposição com uma terceira definição, dessa vez do ius, formulada pelo jurista Celso. Como se mostrará, a justiça é a vontade ou hábito da alma que regula e protege certas proporcionalidades sociais, os direitos, em função de uma meta, a utilidade comum.

Biografia do Autor

Bruno Amaro Lacerda, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Doutor em Direito pela UFRJ e Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora -MG

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Publicado

2017-02-08

Como Citar

Lacerda, B. A. (2017). ROMA E A IDEIA DE JUSTIÇA. REVISTA PARADIGMA, 25(2). Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/206-216

Edição

Seção

Artigos