Os direitos humanos na ótica da morte e da Menina que roubava livros
Resumo
Este trabalho propõe uma análise sintética do Sistema de Proteção dos Direitos Humanos em nível Internacional e Regional contrapondo-o ao discurso das personagens do filme A menina que roubava livros[2]. Os direitos humanos são analisados numa perspectiva humanística e não como direitos positivos convencionais. A natureza diferenciada destes direitos, inatos a toda pessoa humana, é a tônica pretendida no texto. Primeiramente traçamos a evolução histórica dos direitos humanos a partir do surgimento das Declarações de Direitos. Estas se mostraram eficazes primeiro na ordem interna não tendo sido ainda construída, uma Ordem Jurídica Internacional. Passamos pela análise da superação do absolutismo e da implantação do estado democrático de direito através das lutas históricas que resultaram na conquista das quatro dimensões de direitos. Posteriormente, na segunda parte deste trabalho, nos dedicamos à análise da dinâmica das conquistas dos direitos humanos no plano internacional, como instrumento de superação dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Concluímos, por fim, concatenando esta construção teórico-normativa do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos, com a mensagem de humanismo presente no discurso das personagens do filme. Atribuímos destacada importância à fala da personagem “Morte”, que muito pode ter a nos ensinar sobre nós mesmos, nossas glórias e misérias.
[2] A MENINA que roubava livros. Direção: Brian Percival. Roteiro: Markus Zuzak; Michael Petroni. EUA: Fox Filmes, 2013. DVD (2h11min).
Referências
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A MENINA que roubava livros. Direção: Brian Percival. Roteiro: Markus Zuzak. EUA: Fox Filmes, 2013. DVD (2h11min).
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