ANÁLISE DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – IA, COMO PROPRIEDADE INTELECTUAL, E AS CONSEQUÊNCIAS NA ESFERA JURÍDICA CÍVEL BRASILEIRA

Autores

  • Dane Tadeu Cestarolli Universidade Federal de São João del Rei
  • Elidia Maria Guerra Universidade Federal de São João Del Rei https://orcid.org/0000-0001-8824-9705
  • Isabela Graciana de Sousa Canhoni Universidade Federal de São João Del Rei

DOI:

https://doi.org/10.55839/2318-8650RevParRPv33n3pa130-153

Palavras-chave:

Inteligência Artificial, inovação, propriedade intelectual, responsabilidade civil

Resumo

A Inteligência Artificial “é um ramo de pesquisa da ciência da computação que busca, através de símbolos computacionais, construir mecanismos e/ou dispositivos que simulem a capacidade do ser humano de pensar, resolver problemas, ou seja, de ser inteligente” (SANTOS, 2021). No Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI, a IA é analisada sob a ótica de Programa de computador, definido na lei 9.609 de 19 de fevereiro de 1998. Desse modo, o objetivo principal desse estudo é analisar as consequências jurídicas trazidas pelo uso da Inteligência Artificial no direito civil, e como a legislação brasileira tem tutelado o cidadão comum, frente a possíveis conflitos envolvendo essa tecnologia, tendo como premissa a palestra proferida pelo Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2019, no evento “Novas Tendências do Direito Comum – Inteligência Artificial, Análise Econômica do Direito e Processo Civil”, em Londres – Inglaterra. Assim, pretende-se apontar as prováveis lacunas cíveis na legislação brasileira envolvendo questões ligadas ao uso da Inteligência Artificial, como Propriedade Intelectual, conhecendo as diversas práticas e formas de proteção relacionadas ao uso dessa inovação, examinar as várias maneiras de valer-se dela em outros países e compreender de que forma a IA impacta na sociedade como um todo. Para tal, será utilizada a bibliografia nacional e internacional disponível, bem como artigos e revistas de tecnologia e jurídicas que relatem sobre o tema proposto. O método empregado será o indutivo, partindo da palestra proferida pelo Ministro do STF, Luiz Fux. O presente trabalho justifica-se em face dos prováveis reflexos que o uso da IA pode gerar no âmbito judicial cível, quer seja na proteção da propriedade intelectual, quer seja na tutela dos direitos do cidadão comum, exposto a possível evento danoso, em consequência do uso da Inteligência Artificial por terceiros. O ordenamento jurídico protege a Inteligência Artificial como Propriedade Intelectual, deixando o cidadão comum exposto, sem salvaguarda em relação à possibilidade de ser vítima de eventos danosos provocados pela tecnologia. Ainda não há um consenso jurídico quanto a indispensabilidade de se criar normas ou institutos específicos para tratar sobre questões relativas a IA. Vários são os questionamentos, mas pouco se tem de literatura para auxiliar nos deslinde de tal problemática.

Biografia do Autor

Dane Tadeu Cestarolli, Universidade Federal de São João del Rei

Possui Bacharelado em Química, Licenciatura Plena em Química e Bacharelado em Química Tecnológica pela Universidade de São Paulo - (USP/RP). Obteve o título de Mestre (1999) e Doutor (2004) em Química pela Universidade de São Paulo- (USP/RP), na área de Catálise Eletroquímica (FAPESP). Realizou um estágio (doutorado sanduíche) no Instituto Hahn-Meitner em Berlim, Alemanha (2003), com financiamento do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD). Realizou Pós-Doutorado na área de Corrosão de biomateriais na UFVJM (FAPEMIG). Atualmente é Docente do Quadro Permanente - Professor associado IV - na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ/CAP) e integra o corpo permanente de orientadores do Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química e também do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação. Em cargos representativos e de administração, atuou como membro no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEP) da UFSJ (2008/2010) e ocupou o cargo de Chefe do Departamento de Química, Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos da UFSJ por dois mandatos consecutivos (2016-2019). Possui experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química, atuando principalmente nos seguintes temas: Eletroquímica e tratamento de efluentes, Eletrocatálise, Biossensores, Corrosão e aplicação de processos adsortivos para o tratamento de efluentes. 

Elidia Maria Guerra, Universidade Federal de São João Del Rei

Possui Bacharelado em Química pela Universidade de São Paulo (FFCLRP-2002), Licenciatura plena em Química pela Universidade de São Paulo (FFCLRP-2002) e Bacharelado em Química Tecnológica pela Universidade de São Paulo (FFCLRP-2002). Graduanda em Filosofia. Obteve título de Doutora em Química (2007) pela Universidade de São Paulo - (FFCL-RP). Atuou como Professora Convidada e Pesquisadora do Departamento de Física e Matemática (FFCLRP-USP) através do programa de Pós-Doutorado (FAPESP) na área de Química dos Materiais aplicada em biossensores de transistores de efeito de campo com gatilho estendido (EGFET) para determinação de pH, uréia e glicose. Realizou um segundo Pós-Doutorado na UFOP (2009). Participou do Conselho Universitário (CONSU) de 2019 a 2023 .. Atualmente, ocupa o cargo de Professora do Quadro Permanente - Classe Associado III - na Universidade Federal de São João del Rei, CAP, do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação Multicentrico em Química (PPGMQ) e do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT). É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Materiais Híbridos e Inorgânicos (GPMHI). É revisora de diversos periódicos internacionais. Membro do American Chemical Society, ACS.

Isabela Graciana de Sousa Canhoni, Universidade Federal de São João Del Rei

Mestranda em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia - PROFNIT , pela Universidade Federal de São João del Rei - UFSJ;Graduada em DIREITO pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves - UNIPTAN, MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS e Graduada em TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS, pela Faculdade UNA de Contagem. Vasto conhecimento da área de QUALIDADE/ISO

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Publicado

2025-02-24

Como Citar

Cestarolli, D. T., Guerra, E. M., & Canhoni, I. G. de S. (2025). ANÁLISE DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – IA, COMO PROPRIEDADE INTELECTUAL, E AS CONSEQUÊNCIAS NA ESFERA JURÍDICA CÍVEL BRASILEIRA. REVISTA PARADIGMA, 33(3). https://doi.org/10.55839/2318-8650RevParRPv33n3pa130-153