ECONOMIA CRIATIVA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: Uma análise comparativa dos aspectos legais e econômicos ligados aos setores criativos do Brasil e do Reino Unido.

Autores

  • Henrique Rodrigues Lelis Programa de Pós graduação stricto sensu em Direito da Universidade de Itaúna.
  • Eloy Pereira Lemos Júnior Programa de Pós-graduação stricto Sensu em direito da Universidade de Itaúna.

Resumo

A finalidade deste artigo é analisar comparativamente o desenvolvimento dos setores relacionados a economia criativa brasileiro e do Reino Unido. O artigo faz uma introdução sobre o surgimento do tema, incluindo a contextualização dos aspectos que a globalização e a inovação tecnológica trouxe para o desenvolvimento econômico a partir de uma matriz pautada nos direitos culturais, causas primárias para o surgimento da economia criativa. Em seguida, são abordados os modelos existentes no Brasil e Reino Unido, sob os aspectos legais, mais especificamente quanto ao trato legislativo a proteção aos direitos autorais e promoção à cultura e o desenvolvimento de políticas públicas para os setores criativos. Conclui-se que, a economia criativa apresenta-se como um sistema de grande potencial de desenvolvimento em ambos países, porém, o Reino Unido se destaca como força mundial na produção e comercialização de bens relacionados a conteúdos intelectuais pois, coloca o modelo como estratégico para o desenvolvimento de sua economia, trabalhando políticas públicas de forma articulada e integrada buscando resultados a médio e longo prazo, incluindo marcos legais que convergem com os interesses dos produtores de conteúdo intelectual instalados em sua região. Por sua vez, nenhum destes fatores são vistos na realidade brasileira, que atua de forma dispersiva, desorganizada e sem qualquer ação de apoio por parte do poder público. Em razão de seus objetivos, utilizou-se o método descritivo analítico como modalidade de raciocínio lógico e de Direito Comparado para análise dos padrões legais e econômicos entre os dois Estados.


Biografia do Autor

Henrique Rodrigues Lelis, Programa de Pós graduação stricto sensu em Direito da Universidade de Itaúna.

Mestre em Proteção dos Direitos Fundamentais pelo Programa de Mestrado em Direito da Universidade de Itaúna. Pós-graduado em Gestão Cultural pela UNA/BH. MBA em Gestão de negócios no contexto empreendedor pelo Instituto de Educação Continuada - IEC da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas. Gestor e Produtor Cultural. Membro da Comissão de cultura da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, Subseção de Contagem.


Eloy Pereira Lemos Júnior, Programa de Pós-graduação stricto Sensu em direito da Universidade de Itaúna.

Doutor em Direito pela UFMG, mestrado e especializações. Foi bolsista CAPES em 2005 na Universidade de Lisboa e da FUNDEP-UFMG em 2013. Pós-doutorando como professor visitante em estágio pós-doutoral sênior em Direito na PUC-MG e em Administração na FUMEC. Avaliador de cursos de direito pelo INEP-MEC (desde 2010). Professor titular do mestrado e da graduação da Universidade de Itaúna (MG), titular na graduação da FACED - Divinópolis (MG), UNIPAC, FUPAC - Nova Lima, na especialização da UNA-BH, ex-coordenador do curso de direito da FAMINAS-BH (2010) e ex-professor titular da UEMG - campus Passos.


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Publicado

2019-05-30

Como Citar

Lelis, H. R., & Lemos Júnior, E. P. (2019). ECONOMIA CRIATIVA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: Uma análise comparativa dos aspectos legais e econômicos ligados aos setores criativos do Brasil e do Reino Unido. REVISTA PARADIGMA, 28(1), 159–180. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/1113

Edição

Seção

Artigos