O POVO DO ASHÈ: A IMPORTÂNCIA DAS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA PARA PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ECOLÓGICA, CULTURAL E SOCIOAMBIENTAL

Autores

  • Cleide Calgaro Universidade de Caxias do Sul
  • Aulus Eduardo Teixeira de Souza Universidade do Vale do Itajaí
  • Raquel Fabiana Lopes Sparemberger Universidade Federal do Rio Grande

Resumo

O trabalho apresenta como proposta uma alternativa estimulante e inovadora viável para preservação e proteção socioambiental. Considerar a preservação dos aspectos socioculturais e práticas ancestrais das comunidades religiosas de terreiro ou matriz africana, as quais por sua própria liturgia preservam e cultuam específicas forças ou manifestações da natureza é, sobretudo, aumentar o volume de pessoas organizadas com o objetivo de preservar o meio ambiente, defender a fauna, proteger os recursos naturais e garantir o desenvolvimento sustentável nas diversas comunidades espalhadas pelo país. Não obstante, busca-se descortinar o véu de preconceitos que encobre a desigualdade socioambiental brasileira, bem como, apresentar as ações e medidas jurídico normativas de incentivo da preservação e proteção da biodiversidade ecológica, cultural e religiosa dessas comunidades. Por meio da pesquisa bibliográfica e documental é possível agregar dados e informações que permitem a partir do método dedutivo perceber a importância do objetivo a ser alcançado, traçando de forma estrutural os argumentos necessários à demonstrar a viabilidade de se proteger e preservar o conjunto socioambiental ecológico das comunidades tradicionais, especialmente do povo do ashè. Portanto, é possível constatar que as comunidades tradicionais de matriz africana, desenvolvem papel fundamental na manutenção sustentável dos ecossistemas. Assim, é de se concluir acerca da importância dos povos de terreiro e o papel socioambiental que desenvolvem na promoção preservação e proteção ambiental.

Biografia do Autor

Cleide Calgaro, Universidade de Caxias do Sul


Doutora em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Pós-Doutora em Filosofia e em Direito ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Doutoranda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Mestra em Direito e em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul – UCS. Atualmente é Professora e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação – Mestrado e Doutorado - e na Graduação em Direito da Universidade de Caxias do Sul. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa "Metamorfose Jurídica”.  CV: http://lattes.cnpq.br/8547639191475261. E-mail: ccalgaro1@hotmail.com

 

Aulus Eduardo Teixeira de Souza, Universidade do Vale do Itajaí

Doutorando em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Mestre em Direito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS/RS). Especialista em Direito e processo tributário pela Universidade Estácio de Sá (Estácio/RJ); Direito constitucional e administrativo pela Escola Paulista de Direito (EPD/SP); especializando em Direito público (PUC/MG). Bacharel em Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/SC). Pesquisador nas áreas teoria do Direito, teoria Social e Meio Ambiente (Grupo Direito Ambiental Crítico). Membro efetivo do Instituto dos Advogados de Santa Catarina (IASC). Procurador Jurídico da OAB/SC. Advogado. E-mail: auluseduardo@gmail.com

Raquel Fabiana Lopes Sparemberger, Universidade Federal do Rio Grande

 Pós-doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora dos cursos de Graduação em Direito e do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Direito  da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP/RS) e  do Mestrado em Direito e Justiça Social da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).  Professora visitante na FURB- Universidade de Blumenau. Pesquisadora CNPq, CAPES e FAPERGS.

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Publicado

2022-03-04

Como Citar

Calgaro, C., Teixeira de Souza, A. E., & Sparemberger, R. F. L. (2022). O POVO DO ASHÈ: A IMPORTÂNCIA DAS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA PARA PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ECOLÓGICA, CULTURAL E SOCIOAMBIENTAL. Revista Paradigma, 30(2), 224–245. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/1921

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