A SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL E A APARENTE DERROGAÇÃO TÁCITA DOS EFEITOS DA UNIPESSOALIDADE INCIDENTAL

Autores

Palavras-chave:

personalidade jurídica; sociedade limitada unipessoal; unipessoalidade incidental

Resumo

O presente estudo escrutina o possível conflito hermenêutico que se estabeleceu a partir da análise dos efeitos proporcionados pelos arts. 1.033, IV e 1.052, §2º, ambos do Código Civil. A premissa analisada parte das seguintes indagações: A recém regulamentada sociedade limitada unipessoal interfere na interpretação e aplicação da regra segundo a qual a sociedade deve ser dissolvida por uma unipessoalidade incidental não recomposta no prazo de 180 dias? Considera-se, hipoteticamente, que a sociedade limitada que venha perder a pluralidade de sócios poderá persistir com um único sócio, valendo-se da possibilidade de se ter uma sociedade limitada unipessoal, mas, se a sociedade que vier a perceber os efeitos da unipessoalidade incidental for de outro tipo societário regulamentado pelo Código Civil não se verificará, a princípio, condições de aplicação analógica dos termos do §2º do art. 1.052 do referido diploma legal.

Biografia do Autor

Maxwell da Silva Ladslau, Universidade Cândido Mendes

Mestre em Direito pelo Centro Universitário Fluminense e Especialista em Direito Privado pelo Centro Universitário Fluminense. Oficial de Justiça Avaliador - Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Professor de Direito da Universidade Cândido Mendes, Faculdade Redentor e Professor convidado de "Planejamento Sucessório" da FK Partners Developing Futures & Advancing Knowledge.

Saulo Bichara Mendonça, Universidade Veiga de Almeida

Doutorado em Direito pela Universidade Veiga de Almeida, Brasil(2015) Professor Adjunto II da Universidade Federal Fluminense , Brasil

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Publicado

2024-04-03

Como Citar

da Silva Ladslau, M. ., & Mendonça, S. B. (2024). A SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL E A APARENTE DERROGAÇÃO TÁCITA DOS EFEITOS DA UNIPESSOALIDADE INCIDENTAL. Revista Paradigma, 32(3), 157–172. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/2169