O ABORTAMENTO VOLUNTÁRIO COMO EUFEMISMO DE DIREITOS HUMANOS

Autores

  • Gilson Miguel Gomes da Silva Tribunal de Justiça de São Paulo

Palavras-chave:

aborto. direitos fundamentais. sofrimento. liberdade. vida.

Resumo

A pauta relacionada aos direitos humanos faz-se presente nos variados momentos históricos, e se diversifica ao longo dos milênios da existência do homem. A sublimação da humanidade revela-se indissociável da crescente valorização destinada à vida do ser da espécie homo sapiens, em sua máxima projeção, dentro do cultivo do amor transcendente. Assim, desde a concepção do embrião, depois, o feto, impõe-se, a todos, a plena garantia de sua preservação, seguida da liberdade de nascimento e desenvolvimento de suas potências, até que lhe sobrevenha a morte.  Contudo, parcela da sociedade reduz a compreensão da vida ao ser pós-parto, nascido e viável; outra, aliada a isto, de que sobre o corpo da mulher a ela cabe decidir, por questão de suma liberdade estética, econômica, profissional, mesmo de conveniência, oportunidade etc. Daí exsurgem ideias pró-aborto em confronto com pensamentos de outro segmento social, ambos lastreados em concepções diferentes dos direitos humanos. A par disso, o estudo analisará os principais fundamentos das posições antagônicas, e ilustrará o posicionamento contrário ao abortamento, através de dados e informações estatísticas, tanto sobre a quantidade expressiva de mortes de nascituros, como, também, do sofrimento a eles impostos decorrente dos procedimentos médicos de causação de sua morte e expulsão de seu habitáculo natural. Não se olvidará da exposição de elementos de distorção da linguagem, utilizados para reduzir ou eliminar o impacto emocional, oriundo do natural sentimento de culpa e remorso da gestante, derivados do seu consentimento de imposição da morte ao ser indefeso que lhe incumbia proteger. Ainda, a explanação apontará o viés ideológico, os interesses políticos e empresariais atuantes no setor. Nesse cenário, mediante emprego do método dedutivo e das pesquisas bibliográficas, almeja-se aferir a problemática envolta no drama do nascituro e apontar vetores adequados à ponderação de valores e princípios incidentes, a fim de evidenciar a insustentabilidade das justificativas ao resultado aborto.

Biografia do Autor

Gilson Miguel Gomes da Silva, Tribunal de Justiça de São Paulo

Aprovado, em 2020, para iniciar em março de 2021, o Curso de Doutorado em Direito, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP); Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco (1993); graduado em Direito pelo Centro Universitário de Araraquara (2001). Pós-graduado em: Competências Gerenciais Públicas, pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (Campus de Araraquara - SP); Direito Civil e Processual Civil, além de Direito Penal e Processual Penal, ambas pela Universidade Católica Dom Bosco ? Campo Grande / MS. Pós-graduado em Direito Processual Penal na Escola Paulista da Magistratura. Mestre, junto à PUC/CP, na área de concentração de Direito Processual Penal no ano de 2020. Promovido, por merecimento, ao posto de Capitão PM em 25 de dezembro de 2007. Aprovado no 181º Concurso de Ingresso na Magistratura do Estado de São Paulo, em maio de 2009; atualmente exerce o cargo de Juiz de Direito na 1ª Vara Judicial da Comarca de Monte Alto/SP; integra o Colégio Recursal sediado em Jaboticabal; exerce a atividade de juiz-diretor do fórum da Comarca de Monte Alto; integrou a Comissão do Novo Código do Processo Penal pela Associação Paulista de Magistrados - APAMAGIS (no período de 25/06/2018 a 31/12/2019); nomeado Diretor-Adjunto do Centro de Estudos, pela presidente da Associação Paulista de Magistrados, para o período de 01/01/2020 a 31/12/2021; integra o grupo de trabalho para análise dos impactos da criação do Juiz das Garantias no Poder Judiciário, e Coordenadoria de Direito Penal e Processo Penal, pela Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB. Ministra aulas na condição de Professor Assistente da Escola Paulista da Magistratura de São Paulo (EPM), no curso de pós-graduação, Especialização em Direito Constitucional Aplicado, e no curso de Especialização em Direito Processual Civil; Professor Assistente na graduação em Direito, Universidade de Araraquara (UNIARA), na matéria de Direito Processual Penal. Email: eigilsonmiguel@gmail.com

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Publicado

2023-05-23

Como Citar

Gomes da Silva, G. M. (2023). O ABORTAMENTO VOLUNTÁRIO COMO EUFEMISMO DE DIREITOS HUMANOS. Revista Paradigma, 31(3), 55–80. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/2666