Redes de atenção à saúde de hipertensos e sua associação ao atributo da integralidade
DOI:
https://doi.org/10.59464/2359-4632.2025.3413Palabras clave:
Integralidade em Saúde, Sistemas de Saúde, Atenção Primária à Saúde, HipertensãoResumen
Objetivo: Analisar os componentes da rede de atenção à saúde para pessoas com hipertensão arterial no Piauí, Brasil, e sua associação com o atributo de integralidade da Atenção Primária a Saúde por meio da Pesquisa Nacional de Saúde. Métodos: Estudo transversal descritivo, utilizando dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, analisou 147 pessoas com 18 anos ou mais, residentes no Piauí e diagnosticadas com hipertensão arterial, utilizando o módulo H (atendimento médico) da Pesquisa Nacional de Saúde, com coleta de dados entre fevereiro e março de 2023; foram avaliadas variáveis sociodemográficas e de integralidade da Atenção Primária à Saúde, empregando estatística descritiva, bivariada e regressão logística. Resultados: Não houve associação entre as variáveis sociodemográficas e a integralidade dos serviços disponíveis e prestados. Para integralidade dos serviços disponíveis, destacaram-se como fatores de risco pagar pelo seu medicamento, e aumentaram as chances de se ter integralidade dos serviços prestados entre os usuários que obtiveram seu medicamento pelo “aqui tem farmácia popular” pela prática integrativa e complementar do cuidado. Os resultados destacam a importância de considerar a estrutura operacional da rede de atenção à saúde no planejamento e organização dos serviços para pessoas com hipertensão. Conclusão: O estudo revelou que o pagamento por medicamentos para hipertensão pode prejudicar a integralidade dos serviços da APS, mas o Programa Farmácia Popular do Brasil e práticas integrativas melhoraram o cuidado, destacando a necessidade de mais pesquisas para aprimorar a RAS e as políticas de saúde.
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