Inclusão digital de comunidades isoladas e a efetivação dos direitos sociais previstos na constituição federal: a comunidade Quilombola Kalunga e o direito à educação
Abstract
A colonização do Brasil pelos portugueses foi marcada pela utilização de mão de obra escrava, especialmente do negro vindo do continente Africano. Submetido às mais degradantes condições, físicas ou não, o escravo tinha na fuga a melhor forma de se rebelar contra a ordem escravagista. Estas foram as condições para a formação dos quilombos, mais que locais de refúgio, oportunidade de exercício de cidadania por parte dos negros. Mesmo com a abolição do regime de escravidão, os quilombos perduraram, e hoje continuam servindo como importante elemento de manifestação da cultura de seus habitantes. No entanto, o isolamento das comunidades é prejudicial, e a inclusão digital surge como forma de mitigação do sofrimento e mazelas típicas dos quilombolas, especialmente quando se mostra como meio de efetivo acesso à informação para fins de cultura e educação, e assim de expressão da cidadania como corolário do preceito democrático.