ATIVISMO JUDICIAL, DIREITOS DA PERSONALIDADE E A TUTELA DOS DIREITOS DOS SEGREGADOS À LUZ DO ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL

Autores

  • Dirceu Pereira Siqueira Centro Universitário de Maringá - Unicesumar
  • Fernanda Corrêa Pavesi Lara UNICESUMAR
  • Henriqueta Fernanda C. A. F. Lima Unicesumar

Resumo

O princípio da separação dos poderes foi erigido à condição cláusula pétrea e representa um dos meios à concretização do Estado Democrático de Direito, de modo que, após a Constituição Federal de 1988, com a ampliação de direitos, o Poder Judiciário passa a assumir papel mais ativo com o fito de concretizar direitos fundamentais nela dispostos, na maioria das vezes não observado pelos demais poderes, levando a debates quanto à legitimidade democrática de tal atuação por alguns nominada de judicialização da política ou ativismo judicial. Assim, partindo da premissa de que o texto constitucional de 1988 detém força normativa e irradia seus comandos a todo o ordenamento jurídico, bem como da perspectiva do neoconstitucionalismo, da amplitude conceitual da norma jurídica em que os princípios passam a integrá-lo e do “estado de coisas inconstitucional” (ECI), investigar-se os direitos da personalidade dos presos no Brasil. Buscar-se discutir até que ponto o “estado de coisas inconstitucional”, utilizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 347, detém capacidade de promover e proteger os direitos humanos, sobretudo quanto à separação dos poderes, dando ênfase no contexto do sistema prisional do Brasil que passa por crise e merece ser estudada com afinco. Para tanto, utilizar-se-á do método dedutivo e de pesquisa teórica, tomando como base revisão bibliográfica e dados estatísticos divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2018 donde se depreende a condição de vulnerabilidade que os segregados se encontram, exsurgindo a intervenção do Poder Judiciário como mitigador e/ou garantidor dos preceitos constitucionais.

Biografia do Autor

Dirceu Pereira Siqueira, Centro Universitário de Maringá - Unicesumar

Coordenador e Professor Permanente do Programa de Doutorado e Mestrado em Direito do Centro Universitário Cesumar (UniCesumar); Pós-doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal), Doutor e Mestre em Direito Constitucional pela Instituição Toledo de Ensino - ITE/Bauru, Especialista Lato Sensu em Direito Civil e Processual Civil pelo Centro Universitário de Rio Preto, Pesquisador Bolsista - Modalidade Produtividade em Pesquisa para Doutor - PPD - do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI), Professor nos cursos de graduação em direito da Universidade de Araraquara (UNIARA) e do Centro Universitário Unifafibe (UNIFAFIBE), Professor Convidado do Programa de Mestrado em "Gestão Estratégica de Empresas - Master Of Science in Administrative Studies (MSAS)" - Disciplina: "Ética e Legislação" University Missouri State – EUA, Consultor Jurídico, Parecerista, Advogado.

Fernanda Corrêa Pavesi Lara, UNICESUMAR

Doutoranda em Ciências Jurídicas pelo Centro Universitário Cesumar – UniCesumar. Professora adjunta do Curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Campus Maringá. Mestre em Direito Negocial pela Universidade Estadual de Londrina/PR. Advogada.

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Publicado

2020-08-30

Como Citar

Siqueira, D. P., Lara, F. C. P. ., & Lima, H. F. C. A. F. . (2020). ATIVISMO JUDICIAL, DIREITOS DA PERSONALIDADE E A TUTELA DOS DIREITOS DOS SEGREGADOS À LUZ DO ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL. Revista Paradigma, 29(2), 89–111. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/1961

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