O DIREITO DE EXISTIR DOS ATLETAS TRANSGÊNEROS NO ÂMBITO DESPORTIVO À LUZ DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE

Autores

  • Diego Michel Parreira Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP
  • Danilo Henrique Nunes Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP, Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG, unidade Passos/MG e Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto/SP https://orcid.org/0000-0001-9162-3606
  • Fabiana Zacarias Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP

Resumo

A pesquisa versa sobre a permanência da marginalização dos atletas transgêneros e o afastamento da garantia constitucional de igualdade expressa no art. 5º, incisos I e XXVIII da Constituição Federal, que dispõe sobre a seguridade de todos e todas na livre participação de atividades desportivas. O presente trabalho aborda que a inclusão dos atletas transgêneros nas categorias esportivas de gênero com as quais se identificam ainda é uma questão controversa em razão do conflito entre princípios do Direito, do pensamento retrógrado da sociedade, de um trabalho rígido e conservador do legislativo. O direito desportivo enfrenta desafios quando se trata de políticas públicas (e a ausências destas) e normas jurídicas eficazes para os transgêneros, derivando, assim, na perpetuação das desigualdades e a exclusão de atletas transgêneros nos esportes. Para mais, expõem-se o cenário brasileiro discriminatório, ora existente e persistente, especialmente pelos diversos projetos de leis que tramitam nas casas legislativas no intento de validar a determinação do sexo biológico como único determinante das categorias esportivas de alto rendimento. O presente estudo aborda, ainda, que as normas genéricas existentes e a atuação do Supremo Tribunal Federal (mediante jurisdição contenciosa) são inábeis a derivar um direito esportivo inclusivo e de não-discriminação com base na identificação de gênero, ora pressupostos de um ambiente seguro e acolhedor para todos. Para mais, explora-se que os princípios titulados pelo Comitê Olímpico Internacional não são com o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, não havendo qualquer efetividade em suas diretrizes para a população trans. A metodologia utilizada neste trabalho pauta-se em uma revisão bibliográfica de autores contemporâneos atinentes ao tema, incluindo também reportagens jornalísticas, artigo científicos publicados em revistas e periódicos em consonância com as diretrizes do MEC, repositórios de dissertações e teses, além, evidentemente, de utilizar-se de métodos dedutivos, estudos de casos e a análise jurisprudenciais sobre a reflexão exposta.

Biografia do Autor

Diego Michel Parreira, Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP

Bacharelando em Direito.

Danilo Henrique Nunes, Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP, Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG, unidade Passos/MG e Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto/SP

Doutor e Mestre em Direitos Coletivos e Cidadania pela Universidade de Ribeirão Preto/SP - Unaerp. Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (2012) e graduação em Jornalismo pela União das Faculdades dos Grandes Lagos (2007). É advogado, professor universitário e jornalista.

Fabiana Zacarias, Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP

Mestre em Direitos Coletivos e Cidadania na Universidade de Ribeirão Preto ? UNAERP ? Ribeirão Preto/SP, linha de pesquisa: Proteção e Tutela dos Direitos Coletivos; 2016-2018, Aluno Bolsista CAPES- UNAERP Pós-Graduada em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP - Ribeirão Preto/SP; Pós-Graduada Direito Penal e Processual Penal pela Fundação Eurípedes Soares da Rocha ? Marília/SP; Graduada pela Instituição Toledo de Ensino - ITE de Presidente Prudente/SP. Advogada inscrita na OAB/SP sob n.º 184.345. Membro da Comissão da Pessoa com Deficiência da 12.ª Subseção da OAB/SP (2016-2018) Membro do Conselho Municipal da Diversidade Sexual (2019-2020); (2023) Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, OAB ? 12.ª Subseção (2019-2021 e 2022-2023). Membro do grupo de pesquisa Meios Alternativos e flexibilização da técnica processual na solução de conflitos coletivos em três linhas: Efetividade e Tutela Jurisdicional; Meios alternativos de solução de conflitos, Proteção e Tutela Jurisdicional dos Direitos Coletivos (2016-2018). Professora da Universidade Estadual de Minas Gerais - Unidade Passos/MG (2018-2018). Atualmente é Professora de Direito Penal, Direitos Humanos, Direito Constitucional e Ciência Política, do Centro Acadêmico Estácio de Sá de Ribeirão Preto/SP; Professora de Direito Penal, Constitucional, Direitos Difusos e Coletivos da Faculdade Reges de Ribeirão Preto (2022); Membro do Núcleo Docente Estruturante e Comitê de Pesquisa e Extensão do Centro Acadêmico Estácio de Sá de Ribeirão Preto/SP. Coordenadora das Atividades Acadêmicas Complementares (2018/2020). Focal ENADE do Curso de Direito do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto/SP (2021-2022). Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto (2021) Membro do Corpo Editorial da Revista Científica Eletrônica (RCE), gestão 2022-2023, do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto.

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Publicado

2024-03-07

Como Citar

Parreira, D. M., Nunes, D. H., & Zacarias, F. . (2024). O DIREITO DE EXISTIR DOS ATLETAS TRANSGÊNEROS NO ÂMBITO DESPORTIVO À LUZ DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE. Anais Do Congresso Brasileiro De Processo Coletivo E Cidadania, 11(11), 209–232. Recuperado de https://revistas.unaerp.br/cbpcc/article/view/3120

Edição

Seção

Cidadania e estado democrático de direito

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